sexta-feira, 5 de novembro de 2010



Quem diria que a data de 05 de novembro de 2006 fosse marcar tanto?
Pois é, quatro anos de Seres Cantantes! Quatro anos de alegrias, emoções, conversas, cumplicidades, desentendimentos, shows, MADALENAS, negas fulo, aniversários, idéias, conquistas, aprendizados... e muitas histórias.

Jamais em toda minha vida poderia imaginar que um show fosse mudar tanto a minha vida.
Sesc Itaquera, domingão de muito sol e show da Maria Rita. Eu saio do extremo da Z/N para ir pro extremo da Z/L; e é lá que ocorre duas das melhores coisas da minha vida, primeiro show da Maria Rita e conhecer as pessoas que hoje e para todo sempre farão parte da minha vida.
Bom, Seres, qualquer coisa que eu venha tentar descrever sobre vocês e esta data tão importante não será o suficiente, e me tornarei repetitiva.

Resumindo o que gostaria de tentar transmitir em uma frase de Vinicius de Moraes "A gente não faz amigos, reconhece-os”.

Só tenho a agradecer a Maria Rita e vocês Seres Cantantes por fazerem parte da minha vida, e fazer com que a vida fique mais fácil de ser vivida.

*Denize Dê

terça-feira, 21 de setembro de 2010

“Sem Nome”

Oka, já se passou uma semana ou, se preferirem, sete dias. E eu ainda estou com uma sensação diferente, com os momentos e sentimentos à flor da pele.

Foi a segunda vez que presenciei o atual show da Maria Rita, intitulado “Sem Nome”. Não sei o porquê, parecia que estava vendo pela primeira vez. A emoção foi totalmente diferente.

O local era o mesmo, a banda a mesma, a cantora a mesma (apesar de sempre estar se reinventando), companhias com a ausência de uns, a soma de outros, mas na maioria a companhia de sempre.

Analisando bem, acho que o grande diferencial foi a vibe, como diria a Bruna.

Unindo a vibe tranqüila, alegre e aconchegante das companhias, com a cumplicidade e talento do quarteto no palco, a cantora que estava ‘endiabrada’, e o bom rock de Andreas Kisser.

Neste show específico, me dei ao privilégio de guardá-lo mais na memória e no coração, do que em fotos ou vídeos. Prestar mais atenção nos gestos, olhares, andar, interpretação, som, melodia, letra.

A entrega que há de todos que estão no palco é algo único, a impressão que dá é que quando Cuca, Sylvinho, Tiago e Maria Rita pisam no palco, é a última e única coisa que eles tem a fazer no mundo.

Por mais palavras, textos, vídeos, fotos que existam, nada poderá descrever o que é esse show “Sem Nome”





PS 1: Não vou citar nomes, pois, posso ser indelicada e esquecer de alguém. Mas obrigada por fazerem esta noite tão especial, isso tanto vale para os Seres quanto para os agregados, e equipe MR.

PS 2: Finalmente uma foto ‘decente’ da Bru com a MR

PS 3: Salve especial ao Adoriran.

terça-feira, 13 de julho de 2010

A evolução da (re)invenção

Mais uma vez eu estou na frente de uma página branca sem saber exatamente o que aconteceu algumas horas atrás.

Vi o show-sem-nome há duas semanas e postei A (re)invenção de Maria Rita aqui. Embora pouca coisa tenha mudado nesses catorze dias, muita coisa mudou. Confuso, eu sei. Mas não dá pra explicar racionalmente uma coisa que só a emoção dá conta.

Dá pra tentar, pelo menos. Uma vez mais.

Quando eu digo que ‘tudo mudou’, me refiro ao lugar de onde vi o show, à presença de alguns dos meus saudosos e tão amados Seres Cantantes e ao desempenho da Maria Rita. Em 28 de junho eu estava na primeira mesa, a meio metro da criatura que me faz chegar em casa às 2 horas da manhã de uma segunda-feira. Dava pra ver os mínimos detalhes – desde o fecho da sandália até o prendedor de cabelo-, cada respiração, cada olhar, cada levantada de sobrancelha. Hoje fiquei mais longe do palco (não por vontade própria, devo confessar), mas foi uma experiência bastante diferente e muito boa.

De longe dá pra ver todos os desenhos da iluminação – e aqui eu deixo meus parabéns a quem os criou – dá pra ver a movimentação grandiosa naquele palco minúsculo, dá pra ver a sincronicidade da platéia quando todos suspendem a respiração e entram naquela corrente de incredulidade diante do que os olhos estão vendo, os ouvidos estão escutando, mas o coração custa a acreditar. Clichê? É. Verdade? Mais ainda.

Outra ‘diferença’ entre os dois shows foi a segurança com que aqueles quatro tocaram agora há pouco. Não é novidade que Tiago, Sylvinho, Cuca e MR se entendem de um jeito que é raro de ver, mas parece que a cada show eles ficam mais e mais seguros no repertório novo e conseguem superar a barreira de entendimento alcançada no show anterior. Parafraseando Zé Pedro, Maria Rita tem uma big band de três integrantes.

Não vou falar de detalhes do show e do repertório. Esse não é um espetáculo para ser comentado objetivamente, é pra ser vivido. É pra estar lá. É pra sentir o ao vivo. Os vídeos, fotos e áudios ajudam a ilustrar o que se passa no Tom Jazz a cada segunda-feira, mas estão absurdamente aquém do que realmente acontece. Como Maria Rita mesmo diz, “esse é um show só nosso. Quem viu, viu. Quem não viu, perdeu.” Ainda bem que eu faço parte do time que viu.

No pós-show aconteceu um camarim rapidinho, mas mesmo ficando pouquíssimo tempo com MR deu pra ver que ela estava bem feliz com o que tinha acontecido ali. Parecia orgulhosa do próprio trabalho, sabendo que fez a coisa certa da melhor maneira que poderia ter feito. Se ela realmente estava sentindo isso, está coberta de razão: tem que ter muito orgulho mesmo.

Difícil agora vai ser saber que quase todas as segundas-feiras até o final de outubro serão marcadas por mais e mais edições desse show viciante e que não estarei presente em todas elas. Espero estar em mais algumas, pelo menos. E reforço a dica: quem tiver a oportunidade tem que ir ao Tom Jazz para entender o que eu estou falando. A conta bancária vai ficar um pouco desfalcada, mas quem não for vai ficar com um enorme débito emocional com si mesmo.


*Ju Periscinotto

terça-feira, 29 de junho de 2010

A (re)invenção de Maria Rita


São duas e trinta e sete da manhã e eu to aqui me perguntando o que acabou de acontecer.

Ok. Vou começar do começo.

Era uma vez uma fã da Maria Rita que estava há mais de um mês sem vê-la no palco. Um dia essa fã ficou sabendo que Maria Rita faria um show ‘novo’ no Tom Jazz, uma casa que a fã adora e onde MR nunca tinha feito um showzinho se quer. O ingresso era meio salgado, mas a fã resolveu comprar mesmo assim por que ela sabia que se não comprasse iria se arrepender pelo resto da vida. Dito e feito.

Ela comprou, combinou de ir com outras amigas e o tal dia 28 de junho chegou. Lá foram elas. Melhor: lá fomos nós.

A ansiedade já corroia os pensamentos há dias e, quando chegamos lá, a única certeza era de que seria absolutamente mágico. A atmosfera do Tom Jazz contribuía para isso. Nosso estado de espírito conspirava para isso. O novo show era isso.

Como bem disse a Gabi Ferrony, o show bem que poderia ser batizado de “The new adventures of old Maria Rita”, as novas aventuras da velha Maria Rita. Uma volta às origens com o diferencial da incrível bagagem de sete anos de experiência nas costas. E o show reflete exatamente esse sentimento: a (re)invenção de algo que já existia.

Músicas novas como Conceição dos Coqueiros e Perfeitamente, que MR nunca tinha cantado em show nenhum, são peças-chave da nova montagem. Ambas tem uma energia muito única, uma vibração diferente do que estamos acostumados. Posso estar sendo absolutamente prepotente e arrogante na minha constatação, mas acho que os fãs da MR estavam querendo (e precisando) ver aquela Maria Rita que talvez estivesse escondida embaixo de paetês e pandeiros há tanto tempo.

As músicas da turnê Samba Meu ganharam outros arranjos, mas sem perderem a pegada original. Foi muito gratificante poder ver mudanças naquilo que pra mim já era tão óbvio. E a culpa, acredito eu, é do tão famoso e saudoso trio de piano-baixo-bateria com Tiago, Sylvinho e Cuca. MR também está diferente: mais solta, improvisando mais, saindo mais do lugar-comum que essas músicas tinham se tornado por causa da duração da turnê.

Outras músicas como Santana, Soledad, Só de Você e A História de Lilly Brown, que já tinham sido gravadas/cantadas em algum outro momento, ficaram ainda mais fortes nessa etapa nova e também são peças-chave dela. Cheguei ao ponto de não conseguir nem aplaudir ao final algumas músicas, tamanha a minha perplexidade. Fiquei estática, olhando e tentando digerir aquela carga emocional tão grande. Aliás, não fui só eu. Os rostos das pessoas completamente embasbacadas e incrédulas com a grandiosidade de um show em um lugar tão pequeno confirmam a minha tese. Sempre que se referem ao Tom Jazz, dizem que é uma casa intimista. Concordo. O show, por sua vez, passa disso. É íntimo, daqueles que reviram os sentimentos mais internos, mais escondidos. Pelo menos comigo foi assim. MR tá com uma força inexplicável. Mais poderosa, intensa e grandiosa do que nunca.

Ter tido a oportunidade de ver esse show no Tom Jazz é um privilégio dos grandes. Não tem relato ou gravação nesse mundo que consigam passar o que aconteceu ali, a meio metro dos meus olhos.

Só posso agradecer à Maria Rita por essa capacidade tão absurda que ela tem de pausar a vida lá fora enquanto canta, de nos fazer acreditar que só o que é feito com paixão e viceralidade vale a pena. Menos que isso não dá, fica capenga. E Maria Rita - com o perdão do clichê – é uma das criaturas mais inteiras e intensas que eu já tive a honra e o prazer de conhecer.



*Texto: Ju Periscinotto

*Foto: Amanda Souza


sexta-feira, 7 de maio de 2010

Todo fim é um começo...

Dizem que quando as coisas chegam ao fim, nos lembramos do começo, e com a turnê do “Samba Meu” é impossível não lembrar de tudo o que aconteceu.

O “Samba Meu” foi uma turnê especial e única pra mim, foi o primeiro show da MR que eu consegui assistir, e nele eu tive a oportunidade de conhecer a Ju Pink que me apresentaria aos Seres e pronto! Ai minha vida estava completamente mudada.

Mais que excelentes e divertidas companhias de show, os Seres viraram amigos para todas as horas e risadas. Cada pré e pós show, cada pulo, cada “descambada”, cada “vibe do pedido”, cada encontro e despedida que tivemos, cada reunião, cada barzinho, todos são momentos maravilhosos que pude vivenciar e guardo com muito carinho. E todas as pessoas maravilhosas que fui conhecendo ao longo da turnê.

E como sempre... Obrigada MR por esse maravilhoso presente na minha vida, que são os Seres Cantantes.



*Bruna Anjos

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Vim só dar despedida


E lá vamos nós com a difícil missão de tentar descrever o encerramento da turnê Samba Meu, em São Paulo...
Pensei, repensei, vou tentar não deixar passar nenhum fato.

Nada melhor que o palco do Citibank Hall para o encerramento em São Paulo. Palco este, que é a “casa” da cantora em Sampa; e pra completar, show de pista.
Desde que, começaram a divulgar o show como sendo o encerramento da turnê, já se iniciou a movimentação dos fãs. Compra de ingressos, passagens, hotel. Tenho pra mim, que quando a MR vem pra Terra da Garoa, o comércio em geral se anima, fica uma movimentação... Bares, restaurantes, táxis, hotéis, cafés, lojas, mais bares...

Enquanto o show não chega, tem início a ansiedade, e põe ansiedade nisso. Fora o show, tem também, o encontro com amigos, amigos que normalmente se vem mais em shows, outros que vem de outras cidades, estados.

Pronto, chegou o dia 24 de abril, vamos para o show, encontro com amigos, bar, colocar as conversas em dia, risadas...
Nisso tudo, meu grande receio por ser um show de pista, era de não conseguir ficar próximo ao palco, neste caso, grade, e de que a minha turma não conseguisse ficar junto. Tudo isso foi por água abaixo, entrei, e logo encontrei minha companheira de show, a grade, e ao meu redor, as pessoas queridas, sim, tiveram algumas que ficaram mais distantes. Mas, em sua maioria ficamos juntos.

Antes das 22h, o público já começava a chamar pela dona da festa, 22h o convite para a cantora iniciar o show já era grande, após as 22h então, aí o chamado já é ensurdecedor.
Pensando bem, acho que é isso que ela espera, o chamado enlouquecido, ensurdecedor... Tanto que o show se inicia sem ao menos a casa de show apresentar o show da noite, nem precisa, pois, público anunciou, e Maria Rita se apresentou.

Deu início “meu samba vai curar teu abandono...”, a emoção e loucura é tão grande, que mal dá pra se ouvir a voz da cantora.
A comoção é tão grande que parece só comprovar que aquele local é a casa da Maria Rita.
Em cada gesto, a cada música, percebe-se a alegria e a tristeza ao mesmo tempo, não só da parte dela, mas também de sua equipe e fãs.

E começa ‘Encontros e Despedidas’, aí que as lágrimas escorrem mesmo, parece ser a música de despedida. A lembrança dos momentos, o adeus ao ‘Samba Meu’, a lembrança da Isita (sim, Isita! Chorei muito lembrando de você e dos nossos abraços regados a lágrimas nessa música).

Em cada música parece que a MR se entrega mais e mais, e o público vai junto, ou será que ela que veio junto do público?
Ah, ‘Num Corpo Só’ todo o Citi dançando junto, parecia até estádio de futebol e a famosa “ola”, e nós, na grade conseguindo dançar junto e indo até em baixo e depois subindo...

Fim do show, quer dizer, vem o bis, com parte de ‘Santa Chuva’ a capella, e em seguida ‘Não Deixe o Samba Morrer’. Nós, no momento dessa música simplesmente demos as mãos e seguramos tão forte, como que pedindo, não deixe esses momentos se acabarem, esse ‘Samba Meu’ não vai acabar, nossa amizade é pra sempre. Foi um momento muito emocionante para nós, Seres Cantantes e agregados (paulista, mineiros, cariocas).

O show só não foi completo por faltar a cuíca da Isita, o DESCAMBA da Bru (mas, fizemos mesmo assim, Bru).
Sei que me entreguei, pulei, cantei, chorei, lavei a alma literalmente, e este com certeza está na lista dos melhores shows com direito a ficar sem voz.

E agora, o pós show... espera, mais ansiedade, descrença, desânimo, apostas... e mais fotos. Após 2hs,... MR vai atender no palco. Fiquei meio chateada, mas já foi muito, pelo tanto de fãs que estavam aguardando, pensei que ela nem fosse receber.

Foi um dos melhores atendimentos que já teve, com muitas brincadeiras, fotos, autógrafos, histórias, ‘eo eo eááááááá’ e ‘roda, roda e avisa’.
Fora que, eu e a Koch, já tínhamos sido atendidas e voltamos pra fila umas duas ou três vezes. Foi muito bom!

Agora, fica a saudade, lembranças e claro, a expectativa para o próximo trabalho.
Que este próximo ‘filho’ venha com muita alegria, encontros, música boa; e claro, que não demore muito.






*Dê, A sempre Cantante!
Créditos da foto da MR: Camila Passos

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Não ligue se acaso meu pranto rolar

No dia 04/10/2008 eu senti (juro que senti) que algo diferente ia me acompanhar por muito tempo. Conheci a Ju Periscinotto, numa tarde de cursinho. Ela contava sobre o show da Roberta Sá e eu lamentava por não ter ido. Mas ela logo disse: meu negócio mesmo é com a Maria Rita. Bom, a partir daquele momento não faltou assunto entre a gente. Mal sabia, mas além de uma concorrente de vestibular, eu ganhava uma amiga e uma conexão com mais um monte de gente especial que eu tinha que conhecer.

Show a show eu ia conhecendo cada uma dessas loucas que hoje são fundamentais na minha vida. Mas foi no dia 5 de março de 2009 que tive o prazer de assistir ao primeiro show do Samba Meu ao lado delas. Lembro bem: a Dane perguntou pra MR se era paetê, uma doida varrida subiu no palco e a gente ficou lá no canto dançando. Parecia que eu conhecia aquele bando há séculos!

No final de março (dia 29, pra ser mais precisa) eu me despenquei lá do meu latifúndio no extremo sul de São Paulo e peguei um microonibus para a Gleba do Pessego. No caminho encontrei por acaso a Iedinha e láááááá no Sesc Itaquera, finalmente conheci a Isita. O que pra nós, paulistas e paulistanas, havia sido o melhor show da Maria Rita, para a nossa carioca foi fraco, sem emoção. Enfim, quem não lembra daquela capella meio capenga de Santa Chuva? Pior: quem não se lembra disso cheio de sentimentalismo? Foi um domingo legal, com direito a ônibus lotado e tudo.

Uma semana depois madrugamos no Anália Franco, lembrando que na noite anterior muitas de nós tinhamos nos acabado num dos melhores shows da Fabiana Cozza! (Aliás, acho mancada me zoarem pq eu cochilei! haha). Lembro de fila lá fora, correria pras cadeiras, banheiro químico, sequência musical mais que perfeita (Paulinho, Elis, MR, Chico (beijo Isita) e Roberta Sá (outro beijo, Isita) - não necessariamente nesta ordem!), insolação, marquinha nada sexy de pulseira e café-almoço-janta no shopping.

Agora vou falar de um dia muito significativo para mim, o dia 3 de maio de 2009. Virada Cultural. Ju e eu chegamos cedo no centro de São Paulo. Confusão no metrô, as ruas que teriam inspirado o Ensaio Sobre a Cegueira. Show do (finado) Cordel do Fogo Encantado, gente, show do Zeca Baleiro, muita gente... Chegávamos cada vez mais perto da grade (que não sabíamos, mas ficaria tatuada em nossos corpitchos pela semana toda). Finalmente o resto da trupe chegou. Inacreditavelmente, em meio a milhares de pessoas, ficamos todos próximos, muito próximos, próximos a ponto de mobilizarmos a todas para colocar a blusa ou trocar de perna de apoio. Show dos Novos Baianos, Amandette na área VIP e eu, bixete-protojornalista, sonhando com a credencial.

"O meu samba vai curar teu abandono...". Por algum motivo bastante óbvio, esta frase tornou-se um alarme xiita. Ao ouvi-la tudo era esquecido, pelo menos por 1 hora e meia. Entre eôs, eás, vens e "que vai ganhar e subir esse ano" fomos dançando, nos esgoelando, brigando pelo pouco espaço que tínhamos. Até que Maria Rita resolve cantar "Santa Chuva" e choveu, nos olhos de cada um. Mas até aí, era mais um dia de fortalecimento da amizade e falta de dignidade. O que torna esse dia especial PRA MIM é posterior ao show, posterior à viagem até o Graja. Naquela noite, pelo MSN, eu me tornava uma ser cantante. Recordo agora, sem nenhuma modéstia, de todas as pessoas que disseram que eu era o melhor presente de 2009. Vocês todas, com certeza, também foram.

Tô atrasada (novidade!) pro trabalho, então vou correr um pouco mais agora. Foram inúmeros shows, inúmeras aventuras, inúmeras risadas e até decepções. O mais importante que fica pra mim, disso tudo, são os detalhes: é a chuva na Luz, a dancinha no Bourbon, é a alegria de Campinas (tirando quando perdi minha passagem!), é o lembrar da amiga que está longe a cada "Encontros e Despedidas", é a diversão no Boteco e na Vai-Vai. Fica também a certeza de que tudo isso é tão bom somente porque estamos juntas sempre. Pra mim, o pior show foi aquele do HSBC, em outubro. Talvez não por culpa da Maria, provavelmente o que tirou a cor de tudo aquilo foi a nossa separação forçada. Não é a mesma coisa sem cada uma de vocês, Seres.

Não vou mentir: eu quero o fim do Samba Meu, eu quero a Maria Rita de saias longas, eu quero ter tempo de sentir saudade do show, eu quero que ela entenda que o samba não pede brilho nem pernas de fora. Mas não posso fingir que não sentirei falta dessa época.

Quero agradecer a Elis e ao César por terem caprichado tanto nessa guria, cuja voz uniu uma galera que talvez não se encontraria nesse mundão.

Mais que tudo isso, eu quero TODAS vocês ao meu lado sempre. Independente de qualquer coisa...


*Juliana Koch