Perdendo tempo assim contando história...

Depois de assistir mais shows da turnê do 'Segundo' do que meus dedos poderiam contar e vendo somente dois do Samba Meu (tanto pelo preço que, sim, está como a crise: só aumenta; e também pelos horários e dias que fazem parecer que somente quem trabalha e tem carro pode assistir – ou então quem tem amigos que tenham carro e uma enorme boa vontade, né, Jú?!), estou pronta para me lembrar da trajetória até o presente momento em que nós, Seres Cantantes, já somos conhecidos da Maria (ou reconhecidos por ela, se assim preferirem).
Comecei a ouvir Maria Rita quando minha tia foi viajar e eu fiquei cuidando da minha avó (que não é bem de saúde). Ela (digo, minha tia) tinha o CD Maria Rita e eu fiquei ouvindo a música da novela (a única que eu conhecia). Quando acabou, começou Pagu, que eu nunca tinha ouvido. Naquele momento já amava a Má. O 'Segundo' foi pouco tempo depois lançado, e eu, então, comprei os dois discos e o primeiro DVD.

Em pouco tempo, fiquei sabendo sobre o show do SESC (que às vezes ainda é reprisado na Cultura), mas meu pai achou melhor que eu não fosse, pois pensou que estaria muito cheio. Então, fui ao show do Citi, onde conheci a Kézia (que como disse, imitou a Maria-macaco). Nesse show (o primeiro da minha vida!), fui toda arrumada (de saia longa e salto). Só eu estava daquele jeito e fiquei morrendo de vergonha. C’est la vie.
Essa vida de fã (que como todos sabem é dificílima) me levou em lugares além da terra do sol. Indo, inclusive, em shows cuja cadeira era de plástico. Sim, essas de péssima qualidade (e o palco era minúsculo). Passando por Santo André, onde fiquei com o coração na mão por ela estar passando frio.

Mas o meu preferido ainda foi o do SESC Itaquera. Nada superou aquela multidão de gente, em coro, cantando “O que sobrou do céu”, enquanto a Maria pulava no ô lá lá lá. “Foi do caralho”, como ela disse. Realmente.
Hoje, dois anos depois de Itaquera, sei o quanto as coisas mudaram. O sentimento que me liga a Maria (que agora está envolto nas amizades que ela me trouxe), a roupa (que, para mim, eram bem melhores antes), o fato de que ela hoje vai ao programa do Faustão e usa salto. Mas sei que um showzinho em Itaquera seria perfeito. Agora e como sempre. Amém.

*Harumi Nakasone, que hoje vai aos shows de jeans, tênis e camiseta dos Seres Cantantes.